segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os vinte que não quero.

Os vinte estão chegando, e eu não me sinto preparada. É muito para mim, como dizer... É como se não coubesse no meu corpo, esses vinte, é demais, entende? Eu acharia menos estranho se magicamente voltasse pros dezoito, seria mais coerente, até mesmo mais possível... Mas vinte? Não não, isso não pode estar acontecendo, não faz sentido algum. Sinto-me uma menina ainda, aquela mesma que pensava que quando tivesse vinte já seria adulta demais, diferente demais, interessante demais. Mas eu ainda sou ela, aquela pequena sonhando chegar nessa idade que hoje em dia é o que eu menos quero. Idade pesada demais, forte demais, não se pode mais ser uma criança nessa idade... E eu sou! Uma criança querendo que alguém pegue na sua mão e a leve correndo de um destino que parece irremediável. Tem que haver uma saída, ou será um abismo? Nem se alguém me puxar forte posso ser salva? Não, o tempo é mais forte do que qualquer puxão. E eu vou cair, cair nos vinte sem salvação. E quando chegar ao chão, serei apenas uma criança assustada de vinte anos, sem saber pra onde ir com tamanho peso de idade.




6 comentários:

  1. Quase todo mundo passa por essa fase de nao querer crescer ou nao se sentir grande o bastante para encarar as novas responsabilidade que a idade acarreta.
    Mas calma flor, o pensamento amadurece nao pela contagem dos anos e sim pela sua essencia.

    Beijos.

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  2. Rs

    É natural esse descompasso, creia, mas logo as coisas se ajeitam, tudo acha o seu lugar.

    E feliz vinte pra ti!

    ;)

    Um beijo.

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  3. Meu Deus, que coisa engraçada.. eu tenho dezoito e penso exatamente assim: "quando cehgar aos vinte serei mesmo mais madura, estarei crescida, mudada". é estranho pensar agora que as coisas podem não mudar tanto assim..

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  4. Vejo que vós, mulheres, sois mesmo mais maduras que nós, homens. A minha endecha é dos trinta anos (que me batem à porta). E, se o destino for um pouco parecido, sinto-lhes dizer que a criança sempre estará assustada, porém cada vez mais ágil para levantar-se das quedas.

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  5. Quando eu era criança achava que, quando fizesse 20 anos estaria velha, casada e com filhos. Aí a idade chegou e passou. É uma idade marcante, encerra a adolescência e dá o pontapé inicial para a juventude. Eu particularmente não gosto da juventude, é uma fase pesada, confusa e inconstante, mas as mudanças são vistas facilmente a cada ano.

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