quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Considerações sobre a passagem de ano.

Só para não deixar em branco. Eu espero muito de 2010. Não planejo nada, mas espero muita coisa (o que não significa que eu não vá me mover pra isso - é só pra não ficar chateada em planejar e não cumprir). Eu espero estar numa faculdade, espero que seja um ano intenso, espero aprender muito, espero conhecer coisas novas, lugares novos, pessoas novas, idéias novas, espero fazer um curso de teatro, espero me expressar melhor, espero paz, amor e muito rock n’ roll, espero escrever melhor, espero me entender melhor comigo mesma e com todas as pessoas, espero perdões, espero amar, espero não perder contatos, espero que eu evolua, espero que seja um ano produtivo, espero trabalhar, espero um mundo melhor, espero me esforçar pra tudo isso acontecer, espero que seja melhor que 2009 e isso será uma tarefa difícil visto que 2009 foi um excelente ano. Não tenho nada a reclamar de 2009, foi um ano de mais ganhos do que perdas para mim. Um ano de acontecimentos inesquecíveis, de mudanças para melhor. Um ano de reconciliar, de aprender, de amar, de viver. Começou bem e terminou ótimo. E 2010 promete ser melhor, sim! Acredite, essa coisa de pensamento positivo é pura verdade. Vamos pensar positivo para nossas vidas e pro universo. Tenham esperanças.
Um feliz 2010 a todos.



Heal the world
Make it a better place
For you and for me
And the entire human race
There are people dying
If you care enough for the living
Make it a better place
For you and for me

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Zum zum zum! Paratibum.

Hoje mesmo não precisando despertei muito cedo, menos que 7 horas. Deveria estar feliz por não ter mais hora para acordar e poder dormir o quanto quiser. Nunca mais madrugar todos os dias para pegar dois ônibus pro Barreto, chegar à escola e aguentar três aulas de matemática, entre outras coisas de que eu já tava farta. Mas com toda sinceridade, o que me deu foi um grande aperto no peito e quando vi estava chorando na minha cama sem acreditar que essa rotina não faria mais parte da minha vida. Tá sendo difícil cair a ficha. Naquela escola há uma magia que nunca vi em nenhuma outra e que faz todos os alunos, até os mais distantes, se apegarem de alguma forma. Estudamos nos piores lugares, mas conseguimos fazer deles um ambiente acolhedor. Um ambiente que sentirei muita falta, aqueles corredores, aquelas salas, aquele pátio, foram palcos de momentos que nunca mais esquecerei.

Muito mais falta do que do ambiente, sentirei das pessoas. Alunos, técnicos, professores, funcionários. Não importa qual cargo, todos ganharam um espaço no meu coração. Eu sei que eu não seria a mesma pessoa se não fosse essa escola. Estudar em escola pública me fez passar por muitas dificuldades que foram essenciais pro meu aprendizado. Sem contar a diversidade de pessoas que há naquele local, gente diferente em todos os aspectos, e eu adorei isso. Mas o que mais me mudou mesmo foram os ensinamentos daqueles professores que não estavam preocupados apenas em jogar-nos teorias e fórmulas, mas em nos dar verdadeiros ensinamentos de vida. Pois há um diferencial importantíssimo no Pedro II, ele não forma máquinas, não forma apenas pessoas inteligentíssimas e sem nenhuma consciência. Ele forma, acima de tudo, seres humanos. E eu digo por mim, que entrei na escola com a cabeça oca, com uma visão restrita e com pouquíssima consciência política, e saí de lá outra pessoa. Quase todos os professores daquela escola, todos da sua forma, com a sua filosofia, mudaram minha vida. Meus agradecimentos aos mestres.

Eu digo que realmente me dói deixar esse lugar para trás, me dói pensar que acabou essa etapa da minha vida, mas ao passo que me dói, me deixa feliz. Não podia ser de outra forma, pois estava na hora mesmo de acabar. Ontem durante a colação de grau meu interior era uma louca mistura de tristeza e alegria. Eu ria o tempo todo, mas meus olhos viviam cheios de água. Sempre que eu penso que possivelmente nunca mais verei muitas daquelas pessoas sinto vontade de chorar. Ontem fiquei por algum tempo olhando pra alguns rostos, registrando o momento, porque no fundo eu senti que talvez fosse a última vez mesmo. Mas eu espero esbarrar com muita gente ainda nesse longo caminho que nos aguarda e desejo muita sorte a todos. Adeus Pedro II.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Desenhando no vidro da janela.

Assoprei na janela úmida e escrevi com o dedo no vidro esfumaçado. Como se você fosse passar lá em baixo e me ver ali, na janela da minha casa, com olhos apaixonados a escrever nossas letras iniciais dentro de um coração. Eu estava igual a uma criança sonhadora quando desenha no vidro do carro em dia de chuva e se esquece do mundo ao redor. Ali naquela rua só existiam passantes desconhecidos, mas eu te procurava entre eles com tola esperança de receber uma visita inesperada. Eu podia sentir e ver a sua imagem entrelaçada à minha naquele portão como se o passado de repente estivesse diante dos meus olhos sem a menor explicação. Uma doce ilusão olhar da minha janela e ver você ali, com um lindo sorriso a dizer que gosta de mim, e eu em estado de graça profunda a rir e dizer com dificuldade “eu também... eu também”. Ninguém dá muito valor a um “eu também”, mas o que tinha de paixão naquelas duas palavras é indiscutível. Mas, agora eu estava debruçada em uma janela com ares tristes e nostálgicos, vendo a mim mesma em um momento de felicidade, a chuva caindo e as flores exalando um aroma que suscitava em mim um desejo de estar contigo em um lugar calmo e aquecido. Aliás, de estar contigo em qualquer lugar, até nos infernos. Era tudo que eu precisava em minha vida.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cachimbo de Lua



Abri a janela e me deparei com uma lua belíssima, como de costume, peguei minha câmera e corri pra tirar foto. E, bom, saiu isso. A primeira coisa que pensei foi: isso tá parecendo tanto um cachimbo. A interpretação da foto fica a critério de quem vê. Pois sim, pra mim é um cachimbo fumando lua. E esse poste de rua tem sorte de fumar a lua e exalar nuvens (fumaças). Se pensarmos na lua assim como a vemos, pequena e brilhante, vejo como algo encantador que em suas reais dimensões provavelmente não teria essa magia... será a beleza da lua apenas uma ilusão?