quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A mulher, o atirador de facas, sortes e coincidências (ou não)

Eis o filme que trouxe poesia para a minha terça-feira “A mulher e o atirador de facas”. Não apenas por toda beleza do filme em si, mas pelos acontecimentos curiosos que giraram em torno dele. Tive vontade de escrever sobre isso, pois foi simples e bonito. Na tarde desse dia, pensava sem motivo aparente, como quem tem uma ideia de repente, no quão interessante seria um filme atual em preto e branco. Pensava que se eu fosse cineasta faria um filme assim pra mostrar que não se precisa de efeitos especiais pra um filme ser excelente. E que charme seria um filme recente em preto e branco, como eu queria conhecer um filme assim!  Poderia nunca mais lembrar e mencionar esse lapso se não fosse a incrível conexão que ocorreu no mesmo dia.

De noite, procurava algo pra assistir, sem esperanças, mas parei em um filme pois me deparei com algo que me encantou de imediato, e não foi o título que me atraiu, foi os olhos brilhantes da atriz. 

Esses eram os Olhos e a cena.


Estava nos primeiros cinco minutos, que sorte! Preto e branco, pensei: deve ser dos anos 60, mas não conseguia associar o filme e a atriz aos clássicos da época. Fiquei interessada e continuei a ver. E que personagem emblemática, que olhos hipnóticos, nas próximas horas não consegui desgrudar os olhos da tela, até porque o filme também era encantador. O ator também tinha olhos penetrantes e os jogos de olhares diziam mais do que palavras. Em pouco tempo estava submersa no filme. Um dos assuntos principais era a sorte e a falta dela, e como o pensamento influencia em tudo isso, o filme todo tem um modo lindo e peculiar de tratar as situações da vida e a mente humana. Me apaixonei, porque era simples, porque era lindo, porque era arte circence, porque eram duas pessoas se salvando, e se amando no ato de atirar facas. Teria tantas coisas a comentar, mas não quero contar os detalhes. O fato é, fiquei maravilhada, e após o término do filme fui olhar a descrição e então quase não acreditei quando vi o ano do filme “1999”, conectando com o meu pensamento mais cedo... Um filme de 1999 em preto e branco, nem sequer tinha suspeitado que não era um filme antigo! Fiquei rindo, a vida tava me respondendo, me mostrando que aquilo que imaginei existia e dava incrivelmente certo (se existem outros eu não sei, provavelmente sim) . O próprio assunto do filme tinha a ver com o que aconteceu: sortes, coincidências, coincidências que não são apenas coincidências... O filme já era poesia pura, essa conexão só aumentou ainda mais o significado dele pra mim. E de quebra veio em uma época que eu precisava assisti-lo e me ajudou a esclarecer certas coisas da vida. O universo sempre dá um jeito de se comunicar com você, e hoje foi uma comunicação explicita. Pura sincronicidade.



Comentário adicional (11/04/2012) : Pouco tempo depois que escrevi esse texto, foi lançado o filme O Artista, que é exatamente nessa estética que mencionei no texto. Incrível!

2 comentários:

  1. Eu prefiro um filme preto e branco do que patifarias de efeitos especiais. Já tinha ouvido falar nesse filme, com certeza já está na minha lista e obrigada por me relembrar da existência dele hauihauhiaha. Tem um filme recente preto e branco do Coppola chamado Tetro, não sei se você já assistiu. Um dia eu assisto os dois, são tantos filmes :~ E essa atriz é a mulher do Johnny Depp.

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  2. Amo esse filme, é muito lindo mesmo.

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