Há uma parte em cada existência que se tocada, se acessada, surta entre a necessidade de gritar bem alto em extrema loucura um “pare de olhar pra cá” e entre a pura vergonha de se esconder rapidamente nas profundezas da alma, ou mesmo no primeiro buraco que aparecer porque não há muita escolha nesse momento. Por vezes, essa parte que fica no fundo do ser, é assustadora, ou linda, ou os dois, mas dificilmente é compreensível e, portanto, precisa ser inacessível há quem quer que seja. Não confunda exposição com grandeza, mesmo cuidadosamente escondida, é algo tão imenso que se não cuidar pode te fazer perder-se pra sempre. É o que há de mais individual, deve ser secreto, pois deve. Um dia talvez possa explicar com palavras, mas por vez, a reação explica.
Eu estou bem IN esses dias, se é que você me entende. Aliás, eu acho que estou in desde sempre.. Parece que o grito fica preso e faz morada na garganta. Dizem que passa. Torço pra que seja verdade.
ResponderExcluirÉ a primeira vez que passo por aqui e já me surpreendo, assim, de cara.
ResponderExcluirParabéns pela complexidade e verdade que compõe o seu texto.
Um bom escritor entretém. Um excelente escritor entra dentro de mim com suas palavras, enxerga além das letras no papel (ou na tela).
ResponderExcluirE assim que me senti: meu eu tocado, compreendido, reconhecido nestas linhas. Incrivelmente sensível! Muito bom mesmo, menina. Tirou lágrimas destes olhos secos.
Há uma interrogação em todos nós.
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